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Isolamento político do Governo Dilma deve ser evitado

O isolamento político termina influenciando negativamente a popularidade. Se você protege apenas os políticos do seu partido e acusa os outros, mesmo quando são aliados, a exemplo de Renan Calheiros, que sempre foi aliado dos Governos Lula e Dilma, você acha que vai acontecer o quê? Isolamento político, é claro. E quando vem o isolamento, as forças políticas passam a boicotar o governo isolado perante a opinião pública. Aí vem o bombardeio político dos partidos e na imprensa. Resultado de tudo isso, desse isolamento que se ajudou a construir com sectarismo irracional? Impopularidade, é claro, pois o povo ouvirá as críticas contra o governo que agora vêm de todos os lados, justamente porque não soube cultivar e proteger alianças políticas.

O PT só cuidou, e muito mal, frise-se, de alguns de seus quadros, principalmente Lula. Em muitos momentos, abandonou lideranças, como José Dirceu, que continua abandonado até hoje. Quando era para proteger os aliados, o PT e sua militância não fizeram isso.

A presidenta Dilma Rousseff mesmo era a primeira a agir de acordo com as denúncias que saíam na grande imprensa. Bastava um grande jornal dizer que um ministro era corrupto que ela, ao invés de vir a público e defender o ministro, seu aliado político, ela afastava o ministro sem nem ofertar chance de defesa.Ou seja, tomava a palavra da grande imprensa como verdadeira, a mesma grande imprensa que sempre acusou Lula e depois passou a acusá-la. Um governo desse é sem futuro, vai ficar isolado e terminar seus dias impopular, que foi o que aconteceu com o fracasso administrativo e político que foi o Governo Dilma.

Nunca vi um presidente jogar seus ministros na fogueira como Dilma fazia. Uma total falta de respeito e presunção de culpa do ministro. Nem para dizer que o ministro acusado pela imprensa, aliado político, tinha chance de se defender, ela vinha a público para dizer. Ela afastava imediatamente o ministro. Fez isso com uns quatro ou cinco ministros. Um governo desse não sabe angariar sustentação política e vai cair, é claro. Foi o que aconteceu.

E o que vemos hoje? Exatamente uma manifestação tardia desse tipo de postura por parte dos que apoiam Lula e Dilma, quando vemos eles defenderem com unhas e dentes os dois das acusações da grande imprensa e da Lava Jato, corretamente, mas não os vemos fazer a mesma coisa com outros políticos, como Renan Calheiros, repetindo o comportamento sectário irracional que ajudou a tornar o governo Dilma isolado e impopular.

Nem adianta alegar que Renan é “corrupto” mesmo, é “golpista” ou “traidor”. Não adianta. Renan hoje tenta sobreviver politicamente e tenta escapar de ser mandado para o presídio, EXATAMENTE como Lula também tenta fazer, sendo aqui, neste ponto, irrelevantes as diferenças das acusações que cada um sofre ou as diferenças dos perfis políticos. O que importa é que ambos são acusados pela Lava Jato de serem corruptos, membros de uma organização criminosa etc. Perante a Lei, ambos devem ser tratados com igualdade. A presunção de inocência que existe para um DEVE existir para o outro. Os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal valem para Lula, para Dilma e, claro, para Renan Calheiros também.

Portanto, exigir que Renan faça pelo PT o que nem mesmo o PT, Dilma ou Lula foram capazes de fazer, o que seja, evitar o golpe de estado, é piada. Renan está antes preocupado, hoje em dia, em salvar a sua cabeça, sendo completamente sem sentido esperar que ele defendesse um governo que, no final, sequer queria governar, vide a proposta que Dilma apresentou de eleições diretas, contrariando inclusive as diretrizes do seu próprio partido, o PT, que não apoiou a medida.

Ou seja, enquanto as pessoas lutavam para que Dilma permanecesse no poder, ela vem a público e, praticamente renunciando ao mandato, propõe que fosse realizada uma eleição direta, proposta que, diante da conjuntura política, apenas teria o condão de legitimar eleitoralmente o golpe de estado, sendo essa, provavelmente, a razão pela qual nem o PT apoiou a ideia.

Quem vai se preocupar em defender uma mulher dessa, impopular e isolada politicamente, que praticamente desistiu de governar? Ninguém, é claro, muito menos alguém que, na posição de Presidente do Senado, como Renan Calheiros, estava pressionado por todos os lados e correndo o risco de ir parar na cadeia.

Em suma, o senador Renan Calheiros fez o que era possível fazer na defesa de Dilma diante das circunstâncias e articulou no Senado para que ela pelo menos mantivesse os seus direitos de ocupar cargos públicos intactos. E ele conseguiu construir essa proposta, politicamente. Mais do que isso era impossível fazer na posição dele. Considero injustas, contraditórias, incoerentes, politicamente incorretas, todas as acusações que os apoiadores de Lula e Dilma lançam contra Renan Calheiros, político que sempre foi aliado dos Governos Lula e Dilma.

Deviam pelo menos aplicar a ele a mesma postura de presunção de inocência que dedicam a Lula. Muitos não acham que Lula seja presumivelmente inocente, pois tem plena certeza que Lula é “inocente”, o que não é a minha posição, pois me limito a dizer que não existem provas e mais do que isso não faço, que eu não sou otário. O fato é que, depois de um certo momento, o governo Dilma perdeu completamente a sustentabilidade. E aí, quando este momento chega, querer que os outros façam por você o que você não foi capaz de fazer é simplesmente ridículo.

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O ressentimento, o rancor e a inveja de Hélio Bicudo contra Lula

As declarações de Hélio Bicudo no Roda Viva de ontem foram de uma irresponsabilidade impressionante. Sem falar em valores, em patrimônio, afirmou que Lula se enriqueceu ilicitamente. Ora, baseado em que Bicudo afirma isso? Ele fala do passado de Lula, que o conheceu morando num apartamento de 40 metros quadrados. Desde quando isso impede que Lula ganhasse dinheiro no transcorrer da vida dele? Sem lógica nenhuma.

Bicudo nitidamente exibiu rancor, inveja e ressentimento notório contra Lula. Ao que parece, tem inveja do que Lula conseguiu ser sem a formação que ele, Bicudo, alardeia possuir. Um filho dele, Bicudo, escreveu um texto onde explica toda a origem da animosidade do pai contra Lula. Trata-se de um senhor invejoso porque Lula se tornou presidente da república e uma liderança política internacional, ao passo em que ele, Bicudo, continua sendo o mesmo operador do direito limitado e sem brilhantismo de sempre. É importante que se diga isso. Bicudo não é conhecido como “jurista”. Ele foi um procurador que se tornou famoso na época dos esquadrões da morte e depois se tornou político do PT, levado ao partido por um filho dele, pois, na origem, Bicudo sempre foi um conservador. É daí que vem a sua fama e não por ser “jurista”. Não tem nome nem fama nenhuma na comunidade jurídica brasileira como “jurista”. Nenhuma. Não publicou nenhuma obra relevante, nenhuma tese brilhante, nada. É uma nulidade no direito brasileiro. Existem autores mais jovens que tem mais obra acadêmica de peso ou importante do que Bicudo, que desponta para o anonimato no direito brasileiro.

A entrevista de Hélio Bicudo, ontem, no programa Roda Viva, da TV Cultura, falar por si só. Ele não fundamentou nada. Só fez ataques ressentidos e invejosos contra Lula. Deixou claro que se incomoda com o sucesso financeiro e político de Lula. Qual foi a justificativa que ele deu? Lula usou a presidência da república para se enriquecer. Tosco, para dizer o mínimo. Lula foi presidente da república e fez um governo aclamado internacionalmente. Se as pessoas pagam para ele falar, qual a ilegalidade disso? Nenhuma.

Bicudo tem é inveja de ver Lula rico pelos seus méritos. Se Bicudo não tem condições de ser presidente da república, se ele não tem condições de ser afamado internacionalmente e fazer dinheiro com isso, a culpa é dele e não de Lula. O que Lula fez para ganhar dinheiro, valendo-se da suas realizações na presidência da república para ministrar palestras e conferências ao redor do mundo, concorridas e caras, como é o preço cobrado por uma estrela da política internacional, isso não é nenhum ilícito. Todos fazem isso. Os políticos americanos que foram presidentes da república fazem isso. Até o FHC fez.

Como ficou claro na entrevista de ontem no Roda Viva, Bicudo é mais um que não tolera o sucesso do homem e do político Lula. Lula ficou rico com todos os méritos de uma estrela da política internacional, respeitado em vários países do mundo, coisa que Bicudo nunca conseguiu ser. Lula não tem culpa de ter sido presidente da república. Somente o vencimento de presidente da república, preservado ao longo de oito anos, já é mais do que suficiente para juntar uma “bolada”.

Simplesmente porque o presidente tem todos os gastos pagos pelo Tesouro Nacional. Ele não gasta nada do vencimento, praticamente. Tudo é custeado pelos cofres públicos. Não paga moradia, alimentação, viagens, nada. Os presentes que Lula ganhou ao longo de oito anos são de propriedade dele. Fora a principal fonte de renda de Lula, as palestras, as quais ele ministra muito antes de ser presidente da república e são concorridas e, claro, caras.

Lula não deve ganhar menos de R$ 150 mil reais em cada palestra que ele dá no Brasil e no mundo. Se ele der umas dez palestras por mês, computando por baixo, ele ganha um milhão e meio de reais por mês. Façam os cálculos, incluindo os investimentos que normalmente se faz para multiplicar o capital auferido (sim, porque ninguém é estúpido o suficiente para ganhar dinheiro e não fazer com que ele renda lucros e dividendos). Um cara desse está fadado a ser naturalmente rico. Estranho seria se fosse o contrário. Não é só pagodeiro ou jogador de futebol que era pobre e tem o direito de ficar rico neste país. Políticos como Lula ficam ricos também. E com os dois pés nas costas.

É isso que muita gente não suporta, geralmente os perdedores. Eu admiro Lula, inclusive pelo fato de ter se tornado rico, com todos os méritos. Por isso Lula é admirado pelos políticos americanos, inclusive os Bush, que desprezavam FHC, visto como um intelectual distante do povo e sem nenhum exemplo de superação para mostrar, ao contrário de Lula, um fenômeno. Lula é o próprio sonho americano em pessoa, um sujeito pobre que venceu na vida, tornando-se uma pessoa referência no mundo na área em que atua, a política.

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