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O erro da censura prévia a Bolsonaro na Hebraica de São Paulo

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) havia sido convidado pelo clube Hebraica de São Paulo para dar uma palestra. Um grupo de judeus brasileiros se mobilizou e redigiu um manifesto, colocando para que outros judeus o assinassem, se posicionando contra a presença de Bolsonaro na Hebraica e defendendo que ele fosse censurado previamente, ou seja, que fosse negado a ele o direito de falar naquele espaço.

Os motivos para a defesa da efetiva censura praticada contra Bolsonaro, de acordo com o que acusou o manifesto, são as supostas ideias que ele defende, tais como homofobia, machismo, racismo, defesa do regime militar brasileiro e da tortura etc. Os judeus que assinaram e redigiram o manifesto lembraram que judeus morreram no regime militar brasileiro (1964-1985), como Vladimir Herzorg, Iara Iavelberg, Ana Rosa Kucinski, Gerson Reicher e Chael Charles Schreier.

O assunto foi objeto de matéria da coluna do jornalista Ancelmo Gois no O Globo no dia de ontem. Bolsonaro respondeu à coluna com um vídeo em sua página no Facebook em que acusa uma perseguição da grande imprensa à sua pessoa pelo fato dele encontrar-se em segundo lugar nas pesquisas eleitorais para a corrida presidencial (chegou inclusive a acusar Gois de ser um “comunista mentiroso”, citando uma entrevista que ele deu em julho de 2009, onde falava que precisou da ajuda da KGB para se disfarçar na época do regime militar brasileiro).

Eu desaprovo a medida defendida no manifesto redigido contra a presença de Bolsonaro na Hebraica de São Paulo. O debate deve ser livre e sem censuras. Sou contra qualquer tipo de cerceamento, ainda mais quando Bolsonaro nega a ligação com ideias nazistas ou neonazistas. Ele tem o direito de expressar suas ideias. Considero errado o “desconvite”. Impedi-lo de falar na Hebraica é o mesmo que condená-lo sem que ele possa rebater as acusações. Sou terminantemente contra esse tipo de postura. Sou favorável ao debate livre e sem censuras prévias. Quem se sentir ofendido por alguma palavra de Bolsonaro sempre pode recorrer ao judiciário. Liberdade de expressão não significa irresponsabilidade pelo que se declara. Censura é atraso.

Bolsonaro vem negando todas as acusações de homofobia, racismo, misoginia etc. É no debate livre que se mostrará o quanto essa postura dele é uma farsa eleitoreira. Cerceando o contraditório, abre-se espaço para que mentiras ganhem ares de verdade. Quem tem razão no debate não precisa lançar mão de qualquer tipo de censura.

A ideia que se passa é a de que somente pessoas que se alinham à comunidade representada pelo Hebraica ou pelo manifesto redigido contra a presença de Bolsonaro é que podem falar na entidade. Isso é antidemocrático e cerceia a liberdade de expressão. A postura da Hebraica é antidemocrática e censura a liberdade de expressão. Bolsonaro tem o direito não só de expressar suas ideias como o de rebater as acusações feitas contra ele. Acusá-lo e negar a resposta no ambiente adequado, perante seus acusadores, é antidemocrático.

O manifesto defende claramente a censura e o cerceamento à livre circulação da informação, além de se colocar contra o contraditório e o direito de se defender de acusações. Isso era o que os militares brasileiros faziam durante a ditadura militar, a propósito. A Hebraica acabou de criar uma nova noção de.democracia: Aquela em que apenas se fala pessoas com quem a gente concorda antes. De quem a gente discorda, nem direito de se defender a gente concede. A gente simplesmente censura. “Democrático”, hein?

Neste ponto, concordo com Noam Chomsky. O debate deve ser livre e sem censuras. É necessário ouvir o que Bolsonaro tem a dizer. Até para criticá-lo com mais fundamentos. Quando você censura alguém, dar a ele um poder que ele não tinha. Quem assinou esse manifesto errou e errou feio. Defendeu censura como meio válido de impor ideias.

Além das previsíveis justificativas de que pessoas como Bolsonaro devem mesmo ser censuradas pelo que supostamente defendem, alguns defenderam o que foi feito alegando que, primeiro, a Hebraica não é um espaço público, é um clube, um espaço privado, portanto, e que não há obrigação de se permitir que alguém fale lá e, segundo, não haveria censura porque Bolsonaro pode falar em outros lugares.

Nenhum desses argumentos serve para afastar a efetiva censura prévia observada neste caso. Todo espaço onde pessoas públicas são convidadas a falar se torna um espaço público de debate, onde a liberdade de expressão deve ser respeitada. Ademais, a ideia de eficácia dos direitos humanos fundamentais em espaços privados é de longa data defendida. Não basta mais contrapor a ação do Estado às liberdades fundamentais. É preciso exigir que os direitos humanos sejam também observados nas relações privadas. O professor Daniel Sarmento, da UERJ, tem brilhante tese de doutorado sobre o assunto. Chama-se “Direitos Fundamentais e Relações Privadas”, tese de Doutorado em Direito Público, defendida na UERJ em junho de 2003 e que foi lançada em livro pela Editora Lumen Juris.

Se isso não for assim, poderia até se defender que, por exemplo, numa assembleia de um condomínio, as pessoas poderiam ter suas palavras cassadas porque não é um espaço público. O veto dado pela maioria, neste caso, não encontra abrigo na Constituição Federal. É claramente um cerceamento da liberdade de expressão. A liberdade de expressão não pode ser cerceada, sob hipótese alguma, muito menos sob a alegação de que é a maioria quem defende o cerceamento numa dada circunstância. O “voto da maioria”, neste caso, não torna válido o cerceamento à liberdade de expressão. A liberdade de expressão não é um direito sindicável, isto é, que pode ser cassado pelo “voto da maioria”, é o que eu quero dizer.

Ainda que se argumente que o direito de Bolsonaro se expressar, neste caso, dependeria de um convite prévio, que a Hebraica não tem obrigação de deixá-lo falar, apesar disso ser verdadeiro, o fato é que houve esse convite antes e, depois, em razão dos protestos de um grupo de judeus brasileiros, houve o desconvite.

Ainda que não houvesse o convite prévio, não se poderia dizer que não houve censura, pois é claro que há censura prévia quando se proíbe alguém previamente de falar num determinado espaço em razão das supostas ideias que defende, ideias que Bolsonaro inclusive nega que defende. Em suma, afirmar que o espaço é privado e a Hebraica convida quem ela quiser, não significa que deixou de haver censura, ao contrário, isso apenas reforça a censura, pois deixa claro que Bolsonaro não atende ao perfil dos que podem falar na Hebraica.

O segundo argumento, o que de que não houve censura porque Bolsonaro pode falar em outros lugares, ele tem outros espaços para falar, é completamente inválido e não afasta a efetiva censura prévia praticada contra Bolsonaro na Hebraica.

É claro que há censura prévia em desconvidar. O fato dele poder falar em outros lugares e espaços não significa que não houve censura prévia na Hebraica, pois é óbvio que houve. Se a possibilidade de se falar em outro lugar retirasse a censura, ninguém mais seria censurado. Imagine uma notícia ser censurada num jornal e alguém dizer: “não há censura porque você sempre pode publicar em outro lugar”. Não vinga, evidentemente. Houve efetiva censura a Bolsonaro por parte da Hebraica e de quem assinou o manifesto.

E eu não vou nem me aprofundar muito no mérito da hipocrisia do manifesto: O judaísmo e o sionismo praticam e defendem muitas das ideias que o manifesto acusou que o deputado federal Jair Bolsonaro defende, muitas das ideias que ele inclusive nega que defende, como homofobia, racismo, machismo etc.

O sionismo, por exemplo, é todo ele baseado numa ideia fundamentalmente racista, a ideia de um Estado baseado numa etnia ou raça. A propósito do racismo na sociedade israelense, ele não se volta apenas contra os palestinos. Existem várias denúncias dando conta do racismo praticado contra uma minoria étnica de judeus etíopes, os falashas. Eles viveriam em “isolamento étnico” dentro de Israel, de acordo com o antropólogo franco-sinegalês Tidiane Ndiaye, que escreveu o livro “Os Falachas, Negros Errantes do Povo Judeu” (sic).

Sobre a defesa da tortura no regime militar, seria muito interessante Bolsonaro confrontar os sionistas citando a tortura efetivamente praticada pelos órgãos de segurança israelenses, como o Shin Bet. Ou seja, seria muito interessante Bolsonaro usar como exemplo da “validade” da tortura o uso que Israel efetivamente faz dela. Sobre isso os sionistas se calam, convenientemente. É por essas e por outras que o debate deve ser livre. Muita coisa poderia ser dita por Bolsonaro nesse debate.

Só para citar outro aspecto da discussão, Israel criou um regime que é acusado de ser parecido com o Apartheid em relação ao tratamento que é dispensado aos palestinos residentes nos territórios ocupados. Muita gente acusa Israel de praticar racismo institucionalizado contra os palestinos.

Sobre a homofobia defendida pela religião judaica ou pelo menos por interpretações do judaísmo, em julho de 2015, um judeu ortodoxo esfaqueou seis pessoas numa parada gay em Jerusalém. Ele inclusive matou uma menina de 16 anos, depois de esfaqueá-la pelas costas, durante essa parada gay realizada em Jerusalém. Detalhe: Ele já tinha esfaqueado outras pessoas antes e tinha inclusive cumprido pena por isso. Saiu e foi esfaquear de novo. Dessa vez com vitimas fatais. Em outras palavras, o judaísmo parece defender ideias homofóbicas.

Que o judaísmo é machista, isso está fora de discussão. São inúmeras as regras que estabelecem uma submissão feminina ao homem. Há alguns anos, ficou conhecido o caso de uma judia de Nova Iorque, chamada Gital Dodelson, casada com um membro de uma conhecida família de rabinos, Avrohom Meir Weiss, que precisou fazer campanha na imprensa local para obter um “passe-livre” do marido para se casar novamente, pois a religião judaica não permite que a mulher se case novamente sem essa autorização do homem. Chama-se “get” em inglês (o ato de obter a autorização) e “agunah” em hebraico, palavra que significa, metaforicamente, a mulher que está “acorrentada” ao homem, por assim dizer, e não pode se casar novamente sem que ele autorize, isso pelas regras da religião judaica. Escrevi sobre o caso em minha timeline do Facebook na época.

Ou seja, se for verdade o que acusaram em Bolsonaro, capaz até de não existir lugar melhor para ele falar do que uma entidade que defende ideias e valores defendidos pelo judaísmo e pelo sionismo ou que pelo menos tem entre seus associados pessoas que defendem tais ideias e valores. Está tudo lá: Machismo, racismo, homofobia, defesa da efetiva prática de tortura etc. O judaísmo (machismo e homofobia, especificamente, existindo acusações de que também defende racismo quando proíbe os casamentos entre judeus e não-judeus) e o sionismo (racismo e tortura, especificamente) defendem tudo isso, cada qual ao seu modo.

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Vaia da oposição não tem, por si só, relevância alguma e é até mesmo esperada

Vaia da oposição não tem, por si só, peso nenhum, relevância alguma. Não considero o caso da vaia que a presidenta da república, Dilma Rousseff, levou na abertura dos trabalhos parlamentares de 2016 relevante, de nenhum ponto de vista possível. O Governo Dilma é efetivamente ruim. Antes de se preocupar com as vaias, devia melhorar o desempenho.
Postarei vídeos abaixo que trazem o debate que se estabelece entre o primeiro ministro britânico e o líder da oposição na House of Commons, no que se conhece como Prime Minister’s Questions (PMQ, na sigla em inglês), que acontece toda quarta-feira, ao meio-dia, na House of Commons. Dura uma hora. O ânimo varia de acordo com os tipos de questões que são colocadas, com os debatedores e também com o clima político então vigente.
Num dos vídeos abaixo, o debate entre James Cameron (primeiro ministro do Partido Conservador Britânico) e Jeremy Corbyn (líder do Partido Trabalhista Britânico) ocorrido no último dia 14/10/2015 está longe de ser travado num clima ameno (num certo momento, Corbyn cobra seriedade à questão que ele vai fazer, dizendo que não é engraçado para um certo Mathew o problema relacionado à moradia que ele enfrenta). A última coisa que se espera nas PMQs é que a oposição aplauda ou seja “agradável” com o primeiro ministro.
Antes que digam que isso não significa autorização para vaiar, a oposição não só vaia, como faz piada, ridiculariza a figura do primeiro ministro. Chama-o de “fraco”, “mentiroso” e “incompetente” com todas as letras, dentre outros ataques. E ninguém se escandaliza com isso, num ambiente democrático de alta intensidade e exercício pleno do contraditório. Tudo bem que a coisa não descamba para a baixaria e falta de educação, mas tem vaia também, algazarra, ironia, comentários ácidos, desqualificação de todo tipo.
Eu considero um modelo de democracia incrível o britânico. Muito mais civilizado e inteligente. Inglaterra é categoria, cria uma independência e segurança nas pessoas. Ninguém se alarma ou se escandaliza com o contraditório, mesmo o mais ferrenho e implacável. Faz parte, simplesmente isso. Política não é uma “panelinha” para abrigar apaniguados ou compadres. Sempre foi e sempre será conflito, briga de interesses. Democracia é isso. Tem que testar o contraditório ao máximo, até isso entrar por osmose. No Brasil, as pessoas ainda engatinham nisso. Se você discorda de alguém no Brasil, é quase 100% certo, na maioria esmagadora das vezes, que você adquiriu um inimigo pessoal para o resto da vida hehe. O Reino Unido é um modelo do que eu chamo de democracia de alta intensidade.
Noutro dos vídeos abaixo, retirado do site do Parlamento britânico, temos uma audiência, ocorrida ontem (02/02/2016), do Secretário de Estado para os Negócios, Inovação e Habilidades (Secretary of State for Business, Innovation and Skills), um descendente de paquistaneses do partido conservador, chamado Sajid Javid. Os deputados questionam o secretário de estado para os negócios, inovação e habilidades das mais diversas formas. A pauta da discussão é sobre a indústria automobilística britânica. No Brasil, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada (caput do art. 50 da Constituição Federal). Quando isso acontece, geralmente estamos diante de uma crise política. No Reino Unido, esse tipo de interação é o habitual, o comum.
Portanto, as vaias são uma bobagem tremenda e a preocupação com elas mostra apenas o quanto este país não tem a menor ideia do que é uma verdadeira democracia. Brasileiro é, na média, autoritário e averso ao contraditório. Isso é assim também porque se perde neste país o foco no que realmente deve importar.
Essa diferença entre as realidades das políticas britânica e brasileira, quando o assunto é a forma com que reagimos ao contraditório e como lidamos com ele, em comparação ao que é observado no Reino Unido, é mais uma questão cultural mesmo. O exercício pleno do contraditório é uma tradição cultural existente no Reino Unido há séculos que os brasileiros precisam assimilar. Isso deve ser aplicado em todas as áreas, não apenas na política, frise-se. Não penso que exista democracia sem esse exercício e sem essa tolerância ao contraditório. A origem de nossa pouca prática democrática advém do regime de opressão e autoritário classista que dominou durante séculos e ainda domina este país.
O povo não era chamado para participar do debate político. As elites dirigentes, autoritárias, não permitiam e tratavam o povo na base da truculência e do desrespeito. Claro que isso termina se espalhando para muitos outros setores. Não temos um povo educado para exercer plenamente o contraditório, máxime na política. Isso, no entanto, precisa ser superado, para o bem de nossa democracia.
Vaia da oposição, reitere-se, não tem, por si só, significado nenhum relevante para a avaliação do governo. Mesmo se a Dilma estivesse fazendo o melhor governo possível, o que não está, ao contrário, faz provavelmente o pior governo possível, a tendência sempre será a de ser desaprovada e desprezada pela oposição. Muito mais importante é que ela melhore e se reporte aos seus eleitores e ao povo. Querer que a oposição seja “boazinha” com ela é uma piada. Oposição existe, dentre outras coisas, para vaiar mesmo. Isso é naturalmente esperado. O resto é ranço autoritário de um povo que ainda não aprendeu a conviver com o contraditório e a se impor com suas ideias. Esse vitimismo brasileiro, eterno sinal de imaturidade, é um atraso. Não gostou da vaia? Simples: Reaja à altura na hora em que ela acontece. Não adianta choramingar depois. Isso sim é ridículo.
David Cameron vs Gordon Brown:
Tony Blair vs. John Major – “Weak, weak, weak!”: 
Jeremy Corbyn vs. James Cameron:
Questionamento do Secretário de Estado para os Negócios, Inovação e Habilidades (Secretary of State for Business, Innovation and Skills), ocorrido na data de 02/02/2016 (ontem), um descendente de paquistaneses do partido conservador, chamado Sajid Javid: http://www.parliamentlive.tv/Event/Index/4158bf1d-1621-4577-a4fa-d42525c79d42

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Jean Wyllys pratica censura à liberdade de expressão e bloqueia quem discorda dele

Fui bloqueado na página do deputado Jean Wyllys no Facebook depois de escrever um comentário dizendo que a SECAD do ministério da educação apoiou ou apoia um projeto que usa o livro denunciado pelo deputado Jair Bolsonaro, chamado “Aparelho Reprodutor e Cia”, da Companhia das Letras. O nome do projeto, desenvolvido pela UFPB, é Biblioteca Digital Escolas Plurais, cujo site disponibiliza o livro para download.

No mesmo post, fiz outro comentário falando sobre o fato dos judeus sionistas brasileiros que o apoiaram durante a polêmica sobre a viagem a Israel não participarem mais da sua página, apoiando os outros temas ou causas que ele apoia. Isso deve ter calado fundo, pois a reação foi drástica. Depois de eu fazer esses dois comentários, a administração da página achou suficiente para eu ser bloqueado (impedido de comentar) e tive simplesmente todos os meus comentários apagados (todos, não só os dois feitos na caixa de comentários deste post).

Na verdade, eu já tinha discordado dele durante toda a viagem a Israel e escrevi um relato crítico minucioso que está rolando na Internet. Eu mesmo divulguei na página dele. Como ele é hipócrita em relação à liberdade de expressão, à democracia, à livre circulação de ideias, ele me bloqueou para que eu não escrevesse mais lá. Esse é o nível. Tem que censurar quem faz crítica a você, quem discorda de você etc. Confissão de que não tem razão, de que não tem argumentos etc. Depois vai para as redes sociais dizer-se democrata, defensor dos direitos humanos, da liberdade, enfim, pura hipocrisia.

Creio que lembrar a ele de que ele foi capturado pela propaganda sionista israelense não lhe agradou. De fato, ontem de tarde eu fui à página do Jean Wyllys no Facebook e constatei, ao analisar vários posts, que os judeus sionistas brasileiros que o apoiaram durante a polêmica sobre a viagem a Israel não aparecem em nenhum dos outros posts do deputado. Eles apenas compareceram quando os seus interesses estavam em discussão. As demais causas defendidas pelo Jean Wyllys, pelo visto, não são objeto de nenhum interesse dos judeus sionistas brasileiros que o defenderam durante a polêmica sobre a viagem a Israel. A omissão sobre os demais assuntos defendidos por Jean Wyllys é relevante e tem sim um significado. Falta de tempo não pode ser usada como desculpa, já que durante a polêmica sobre a viagem a Israel, por vários dias e nos mais diversos horários, a presença dos sionistas brasileiros foi sentida em peso.

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Novo blog criado em resposta ao cerceamento à minha liberdade de expressão

Este é o meu novo blog, dessa vez criado no site Word Press. Anteriormente, eu tinha um blog no site do Jornal GGN (ver link: http://jornalggn.com.br/blogs/alessandre-de-argolo), mas fui descadastrado abruptamente e sem qualquer explicação, provavelmente porque a direção do site não gostou de algumas críticas que eu fiz ao site e à forma com que ele administra o fórum de discussões, os comentários aos posts e às notícias que publica, permitindo que perfis fakes se valham do anonimato para praticar stalking e outras ações covardes, imorais e até mesmo criminosas profundamente lamentáveis.

Curioso que eu fui descadastrado imediatamente depois de uma resposta que eu escrevi dirigido a um perfil fake, de nome “Almeida”, que vivia tentando cercear a minha participação na seção Luis Nassif Online, a principal e mais lida do site.

A tolerância da seção Luis Nassif Online (ver link aqui: http://jornalggn.com.br/luisnassif) para com os perfis falsos, que se valem covardemente do anonimato para atacar os perfis regularmente cadastrados de quem eles discordam, sempre me chamou a atenção.

No mínimo, o site incentiva, concorda com esse tipo de atitude, que viola a liberdade de expressão, na medida em que permite que anônimos possam agir livremente de forma ilícita contra quem opina naquele espaço, e à vedação ao anonimato.

No máximo, é mais do que possível cogitar que pessoas que trabalham no site atuam diretamente como fakes, atacando os perfis regularmente cadastrados dos quais eles discordam, manjada técnica de que se valem alguns blogs, cujos donos ou principais nomes se fantasiam de fakes para não expor o seu próprio nome nos ataques que proferem, quando não usam esse expediente para fingir popularidade, comentando com nomes diferentes e, assim, conseguir “turbinar” algum post. Muita gente faz isso e eu não me surpreenderia nem um pouco se tomasse conhecimento que a seção Luis Nassif Online faz uso desse tipo de prática fraudulenta.

Voltando a falar do que realmente importa e deixando o site do Jornal GGN para lá (a essa altura dos fatos, a maior preocupação do Jornal GGN é saber como vai manter as verbas de publicidade de estatais federais, como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, sem falar os anúncios feitos pelo próprio Governo Federal, caso haja mudança na pessoa que hoje ocupa a cadeira da presidência da república, algo não tão inimaginável assim de acontecer pelo caminhar atual das coisas), irei inicialmente republicar aqui alguns textos que eu publiquei no outro endereço, até para que a passagem do outro site para este fique bem marcada e registrada.

Este novo blog surge como uma iniciativa em resposta ao cerceamento à minha liberdade de expressão promovida pelo site do Jornal GGN e aqui eu preservarei parte do que escrevi lá, até para que nada se perca. Isso é o mais certo a fazer após ter sido abruptamente descadastrado, isso quando a seção Luis Nassif Online usou várias vezes os posts para se promover e ganhar repercussão com o que eu escrevi, sem que eu recebesse nada por isso, dentro da linha que se chama “jornalismo colaborativo”, que mais serve para explorar, ganhar dinheiro nas custas dos outros (no caso, majoritariamente de estatais federais e do próprio Governo Federal, vide os anúncios publicitários existentes no site do Jornal GGN),  do que para qualquer outra coisa.

Pretendo estudar a possibilidade de entrar com uma ação judicial contra o site do Jornal GGN para ter acesso e salvar todos os comentários que eu registrei no site até hoje, preservando o que foi escrito. São textos de minha autoria e que me devem ser disponibilizados, uma vez que, depois do descadastramento da minha conta no referido site, deixei de ter acesso à aba da página inicial do meu perfil denominada “comentários”, que registrava todos os comentários feitos por mim sobre diversos assuntos abordados nos posts publicados na seção Luis Nassif Online. Existiam coisas interessantes e que me devem ser disponibilizadas.

Este blog seguirá a linha do blog anterior que eu tinha hospedado no site do Jornal GGN e que, pelo visto, ainda continua acessível no link que eu disponibilizei acima (até quando será assim, disso eu não tenho a menor ideia). Aqui, neste blog no Word Press, eu escreverei minhas impressões sobre assuntos como Direito (eu sou advogado militante), Política, Cultura (música, cinema, literatura etc), Ciência, Filosofia, História etc. Não será uma opinião especialista ou acadêmica, a priori. Essa não é a proposta do blog. A proposta é tratar das coisas com a quantidade necessária de informação que permita situar alguém que não conhece o assunto, eventualmente aprofundando a abordagem e trazendo considerações que podem ser úteis para as pessoas em geral, inclusive, eventualmente, para as mais próximas aos assuntos comentados nos posts. Portanto, a abordagem será aos moldes do que se pratica no jornalismo, podendo ser tanto mais aprofundada quanto maior for a minha aproximação com o tema, o que tenderá a acontecer com alguns temas, principalmente temas ligados ao Direito. Na medida do possível e sempre que for pertinente, publicarei textos de outros autores e/ou parceiros, sempre fazendo a devida referência ou indicação da autoria dos textos, citando as fontes, caso tenham sido publicados originalmente em outros sites.

Basicamente, é isso. Espero que as pessoas que me liam no site do Jornal GGN possam, quem sabe, encontrar neste espaço uma forma de se manter em contato comigo e com as minhas ideias, bem como consigam encontrar razões legítimas outras para acessar a página sempre que puderem.

Abraços!

Alessandre Argolo.

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