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Jornalista egresso da grande imprensa não é liderança política nem partidária

Um dos maiores engodos dos últimos anos no Brasil foi aceitar como válida a ideia de que jornalistas que sempre foram empregados da grande imprensa pudessem ser considerados porta-vozes, líderes políticos ou representantes da esquerda brasileira. Isso é uma asneira, uma burrice sem tamanho. Uma ideia sem qualquer sentido.

Jornalista que tinha que arrumar um emprego para sobreviver, porque essa era a sua profissão, não pode ter o protagonismo político que ganhou nos últimos anos no Brasil. Está errado isso. Não pode formar o pensamento de esquerda no Brasil.

Quem forma pensamento de esquerda são os líderes políticos, os intelectuais e pensadores de esquerda. Jornalista profissional, com histórico de ter sido empregado de grandes grupos midiáticos, não se enquadra nisso. Eles, por dever de ofício, devem ser imparciais tanto quanto possível, sob pena de terem que abdicar da posição de jornalistas que tanto exigem para si. Só esse fato coloca na devida lata do lixo a pretensão de fazer de jornalistas lideranças políticas. Isso ajuda a entender por que as análises políticas em determinados sites autodeclarados “progressistas” são tão pobres e não ultrapassam o limite da opinião sem maior consistência.

Desprovidos da estrutura dos grandes grupos midiáticos com os quais estavam acostumados, os jornalistas, ex-empregados da grande imprensa, viraram meros palpiteiros políticos, sem a formação e o histórico de militância política realmente comprometida com as ideias que tentam fazer crer que defendem. Jornalista não é liderança política nem partidária. Não existe para isso.

Eventualmente, suas opiniões ou matérias que se pretendem reportagens, cada vez mais raras nesse tipo de jornalista palpiteiro político, podem assumir contornos políticos, mas não como vem acontecendo há anos no Brasil, onde eles literalmente assumiram um protagonismo político ilegítimo ou inadequado, contraproducente. Política partidária e que realmente luta pelo poder é para quem é do ramo e quem assume compromissos políticos sem tergiversações ou conveniências. Quem deve escrever para as massas são as lideranças políticas, os militantes políticos, fora das amarras do jornalismo egresso da grande imprensa, com os seus compromissos “profissionais” e seu histórico de amizades que não pode ser desprezado.

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